Açúcar é mais prejudicial do que o sal

Durante anos, o sal foi considerado o principal vilão para quem sofre de doenças cardíacas e tensão arterial elevada. Mas uma investigação norte-americana recente recomenda a diminuição do consumo de açúcar, sobretudo de frutose, sugerindo que os benefícios da redução da ingestão de sal neste tipo de doenças são questionáveis.

Um grupo de investigadores da Faculdade de Medicina Albert Einstein e do Saint Luke’s Mid America Heart Institute, nos Estados Unidos da América, analisou vários estudos relacionados com a influência do açúcar e do sal na saúde do coração, e constataram que o sal não exerce tanto impacto na pressão arterial como se imagina.Acúcar versus Sal

De acordo com os médicos que participaram na investigação, a redução da tensão arterial proporcionada pela diminuição do consumo de sal é “relativamente pequena”, havendo evidências de que consumir entre 3 a 6 gramas de sal por dia faz bem à saúde, e que ingerir menos de 3 gramas é prejudicial para o organismo.

Mais do que cortar o sal, as pessoas devem tirar da mesa alimentos industrializados enriquecidos com açúcar, concluiu o estudo publicado na revistaOpen Heart, sublinhando que a maioria do sal da dieta advém da comida processada, também rica em açúcar. “O açúcar pode estar mais relacionado com a pressão arterial do que o sódio. Evidências científicas, estudos populacionais e ensaios clínicos revelam que o açúcar, particularmente a frutose, é o protagonista do desenvolvimento da hipertensão”, pode ler-se no estudo.

James DiNicolantonio, do Mid America Heart Institute e um dos autores da investigação, garante que evitar açúcares processados, tais como a sacarose e xaropes de milho, pode causar uma significativa redução na pressão arterial, aconselhando o consumo de alimentos naturais e evicção de alimentos processados.

Os autores enfatizam ainda que o açúcar natural encontrado nas frutas e vegetais não é prejudicial à saúde. Pelo contrário, comer frutas e vegetais é, como todos sabemos, benéfico para o organismo.

in, “Inspire Saúde, 23-02-2015”

Leave a Reply