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Quinze sintomas de cancro que os portugueses ignoram

Segunda-feira, Abril 20th, 2015

Sintomas

1. Perda de peso e de apetite

Em tumores que não dão numa fase inicial sintomas específicos – como alguns tipos de cancro do pâncreas ou do pulmão, – a perda de peso e de apetite são dos primeiros aspectos que podem levar a um diagnóstico e por isso toda a sensibilização é pouca. Geralmente estão associados a fases mais avançadas mas o facto de nem toda a gente ter noção disso leva a demora nas queixas, o que compromete ainda mais a rapidez do diagnóstico. Ana Joaquim, especialista em tumores gástricos no Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, admite que nem toda a gente vigia o peso, mas é importante conseguir avaliar a percentagem perdida. Se uma pessoa não está a fazer uma dieta ou exercício e perde 10% do seu peso em dois meses – o equivalente a 10 quilos quando se pesa 80 – deve ir ao médico.

2. Fadiga

Em situações de cansaço arrastado e sonolência, também não deve perder muito tempo a ir ao médico. A fadiga pode ter muitas causas, até psicológicas. Se a razão for uma anemia deve investigar-se a causa, explica Ana Joaquim. Pode resultar de doenças benignas ou lacunas na alimentação, mas é um sintoma bastante comum de cancro do estômago que nem sempre as pessoas valorizam. “O cancro do estômago muitas vezes surge em úlceras ou cria ele próprio úlceras e pode haver perdas de sangue que não são evidentes mas causam anemia”, explica a médica. “Por vezes os doentes vão a uma urgência porque estão muito brancas e cansadas mas depois demoram a ir ao médico para fazer o resto do diagnóstico.” Além de ser comum nos tumores gástricos, a anemia surge também em tumores do intestino ou do sangue, podendo ser causada por défices na produção células vermelhas ou um excesso de destruição, nas tais perdas que podem passar despercebidas.

3. Alterações do trânsito intestinal

Muitas vezes associam-se ao stresse ou ao que se come, mas se houver alterações persistentes devem ser valorizadas, adverte Gabriela Sousa. A médica do IPO de Coimbra insiste que no cancro é particularmente relevante a alternância entre prisão de ventre e diarreia. Paula Jacinto, especialista nesta área também no IPO de Coimbra, explica que os tumores do intestino tendem a dar diferentes sintomas, já que as fezes quando passam do intestino delgado para o grosso (cólon) estão líquidas e só depois vão solidificando. Assim, a obstrução é mais expectável quando se trata de uma lesão do lado esquerdo do cólon. Em caso de suspeita, é crucial fazer uma colonoscopia, exame que também deve ser feito a partir dos 50 anos como rastreio. “Muitas vezes as pessoas não o fazem por receio da dor, mas como anestesia foi comparticipada creio que haverá melhorias”, diz a médica.

4. Sangue nas fezes

É um sintoma comum nos tumores gástricos, do intestino e do recto que as pessoas até valorizam. Mas pode assumir diferentes formas e os doentes nem sempre estão sensibilizados para isso, explica a médica Paula Jacinto. As partículas podem ser tão pequenas que não são visíveis, daí a importância da análise ao sangue oculto nas fezes. Depois pode haver sangue vermelho vivo, que se nota quando a pessoa se limpa ou na sanita e geralmente resulta de uma lesão no recto ou parte terminal do cólon. Mas o que mais passa despercebido é o sangue escuro, que dá uma tonalidade quase negra às fezes, por vezes cor de vinho do Porto. Nesses casos poderá estar-se diante de um tumor do estômago ou da parte superior do intestino delgado, já que essa cor significa que o sangue foi digerido. A médica alerta ainda assim que, mesmo em situações em que os doentes se aperceberam do sangue, chegam a demorar seis meses a um ano a dirigir-se ao médico, por vezes por acharem que está ligado a hemorróidas. Sempre que surgir deve ser avaliado.

5. Fezes brancas e urina escura

O cancro do pâncreas é um dos tumores mais silenciosos numa fase inicial. Há dois tipos de doença, quando o tumor está na cauda do pâncreas ou na cabeça. Se no primeiro não há sintomas específicos, no segundo há sinais que poderão ser valorizados cedo, o que nem sempre acontece, explica Ana Joaquim. Dada a localização, próxima do duodeno e vias biliares, o tumor da cabeça do pâncreas pode provocar obstrução e causar dor abdominal e icterícia (como a bílis não passa, acumula-se na pele e dá-lhe um tom amarelado). Geralmente, estes sintomas surgem em conjunto com outros dois também ligados à obstrução: ausência de cor nas fezes, que surgem com uma tonalidade esbranquiçada, e urina de cor muito escura. São sintomas que podem resultar também de doenças benignas como pedra na vesícula mas devem ser logo comunicados ao médico.

6. Tosse que não passa

O tumor do pulmão é outro cancro em que os primeiros sintomas são pouco específicos. Ainda assim, em alguns tipos são afectadas estruturas centrais do órgão e surgem sinais que, se forem valorizados, podem traduzir-se num diagnóstico mais atempado. Nuno Bonito, especialista do IPO de Coimbra, explica que muitas vezes os doentes só ficam preocupados ao notar sangue na expectoração quando devia bastar uma tosse seca e irritativa que não passa para irem ao médico. O médico alerta que os doentes fumadores ou com historial de cancro na família valorizam o sintoma, mas os outros nem sempre.

7. Uma afta que não cicatriza

No caso dos cancros da cabeça e pescoço, é um dos sintomas que menos se valoriza e pode permitir um diagnóstico precoce ou até identificar lesões pré-cancerígenas, alerta José Dinis, oncologista no IPO do Porto. Uma afta na língua ou qualquer ferida, lábio ou bochecha que não passe ao fim de dez dias deve ser vista. Outro sintoma importante no caso do cancro da laringe é a rouquidão persistente, que caso ultrapasse os 15 dias deve motivar uma ida ao médico. O risco de cancro da cavidade oral ou da faringe é maior nos fumadores e pessoas que bebem álcool mas pode surgir em qualquer idade e em qualquer pessoa.

8. Líquido no mamilo

Se em alguma área existe uma grande sensibilização é no cancro da mama. Mas mesmo assim, há lacunas que poderão ser importantes em alguns casos, diz a médica Isabel Augusto, especialista nesta área no Hospital de S. João. Se a maioria das mulheres está desperta para a importância de vigiar nódulos/caroços na mama e axila, alterações na forma, vermelhidão e calor ou alterações na pele da mama (como casca de laranja), há sintomas que nem sempre são associados à doença. É o caso de líquido no mamilo (uma escorrência ou secreção) ou a inversão do mesmo. A médica sublinha que mesmo em mulheres que estiveram recentemente a amamentar, as secreções não devem ser desvalorizadas. “Se surgirem passados seis meses do fim da amamentação devem ser observadas”, recomenda. O líquido não tem um aspecto específico. Pode ser sanguinolento ou incolor.

9. Sempre no WC

Ao contrário das mulheres, os homens desvalorizam muitas vezes os sintomas do cancro que mais os afecta – os tumores da próstata. Isso acontece por falta de informação mas também porque estão sempre a tentar justificar tudo sem pensar em doenças, diz Isabel Augusto. Quando há dor, sangue na urina ou no sémen ou ardência até procuram o médico. Mas um dos sintomas a que menos dão importância é passarem a ter necessidade de urinar frequentemente. “É a típica situação em que têm de voltar à casa de banho passados dez minutos e chegam a ir várias vezes por hora”, explica a médica. Outro sintoma de cancro da próstata em estados mais avançados nem sempre valorizado é a dor na região das ancas e zona inferior das costas, que pode resultar em metástases nos ossos.

10. Impotência

Neste caso há informação, mas muitas vezes é a vergonha que faz com que os homens cheguem tarde ao médico. Em vez de automedicar-se ou ir atrás de suplementos, deve procurar o médico de família para descobrir a causa da disfunção eréctil. Não significa necessariamente um tumor, mas outras doenças nomeadamente do foro cardiovascular também devem ser controladas.

11. Sensibilidade mamária nos homens

O cancro do testículo surge muitas vezes em homens jovens, que têm de estar mais sensibilizados para a necessidade de estarem atentos a alterações do tamanho e nódulos – e de fazerem por isso a palpação dos testículos uma vez por mês, de preferência no banho. Mas o aumento do volume mamário e mudanças na sensibilidade do peito devem também ser valorizados, avisa Isabel Augusto, já que podem resultar de alterações na testosterona. Perda de libido também pode ser sinal de cancro do testículo.

12. Incontinência urinária

O cancro da bexiga tem estado a aumentar em Portugal, algo associado ao consumo de tabaco. Isabel Augusto sublinha que o sangue na urina, um dos sintomas comuns, costuma ser valorizado. Já a incontinência, outro sintoma importante, muitas vezes é considerada algo normal para a idade e as pessoas começam a usar fralda sem marcar uma consulta. Dor e ardência urinária, urgência em urinar (por vezes sem se conseguir chegar a tempo ao WC) e sensação de esvaziamento incompleto são outros sintomas a ter em conta.

13. Dor pélvica

No tumores ginecológicos – útero (corpo e colo), ovário e vulva – geralmente um dos sintomas menos valorizados é a dor pélvica persistente. “Uma moinha que até pode melhorar mas depois volta”, diz Gabriela Sousa. As hemorragias fora menstruação ou após a menopausa levam mais facilmente ao médico. Nesta área, contudo, é essencial fazer o teste do Papanicolau, que permite despistar lesões pré-cancerígenas no colo do útero. Deve ser feito a partir dos 25 anos e, após dois exames negativos, é aconselhável de três em três anos.

14. Descamação na pele

Nos últimos anos tem aumentado a informação sobre cancro da pele, dos sinais de alerta a regras de ouro como reduzir a exposição ao sol. Paulo Cortes, oncologista em Santa Maria, insiste na mnemónica: ao analisar os sinais, deve seguir-se a regra ABCDE e valorizar os que são A (assimétricos), B (têm bordos irregulares), C (não têm uma cor uniforme), D (têm um diâmetro maior que 6mm) e E (evoluíram, mudando de forma e tamanho). Mas dentro dos cancros da pele, o especialista admite que há algo para o qual os doentes estão menos despertos. Se o melanoma é o tipo de cancro da pele com pior prognostico e é detectado em sinais, o cancro da pele mais frequente é o chamado carcinoma basocelular e não aparece em sinais. Por isso também é preciso estar atento a pequenas feridas na pele, como se fossem frieiras, e descamações. São habituais no nariz e orelhas e podem passar mas depois regressam, devendo ser observadas por um médico. Manchas associadas à exposição ao sol em que a pele fique mais rugosa merecem o mesmo cuidado.

15. Gengivite

Nos cancros do sangue, como leucemias, a população está desperta para a importância de avaliar gânglios inchados e hematomas mas há outros sinais a valorizar. É o caso de gengivites, um sintoma comum num subtipo de leucemia aguda, e infecções recorrentes.

in, Jornal I (Marta F. Reis), 20-04-2015

http://www.msn.com/pt-pt/saude/medico/quinze-sintomas-de-cancro-que-os-portugueses-ignoram/ar-AAbkb3o?ocid=iehp

Carne, marisco e nozes aumentam fertilidade

Segunda-feira, Novembro 24th, 2014

“Comer carne vermelha, marisco e nozes pode aumentar a fertilidade nas mulheres. Um estudo realizado pela Universidade de Adelaide (UA), Austrália, e publicado na revista “Metallomics”, indica que um antioxidante natural presente nestes alimentos, o selénio, torna os ovários mais saudáveis.nozes1

O estudo teve por base o papel e a identificação da presença de selénio nos ovários, um elemento que se revelou preponderante no desenvolvimento de folículos saudáveis que são responsáveis pela produção de óvulos nas mulheres.

“O selénio é um oligoelemento [microminerais essenciais nos seres vivos] importante encontrado em alimentos ricos em proteínas, como carne vermelha, marisco e nozes. É importante para muitas funções biológicas, como o sistema imunitário e a produção de hormonas na tiróide”, explica Melanie Ceko, líder do estudo e professora na UA.

Este antioxidante natural é conhecido por ser importante na fertilidade masculina, mas só agora se concluiu que pode também ter um papel fundamental na fertilidade feminina. A equipa de investigadores foi capaz de localizar o selénio nos ovários e focou-se na selenoproteína conhecida por GPX1, presente nos folículos nos ovários, e verificou os folículos maiores e mais saudáveis tinham uma maior presença de selénio e de GPX1.

Numa segunda fase, a investigação envolveu 30 mulheres que estavam a fazer tratamento de fertilização in vitro, confirmando que as pacientes que tinham a proteína GPX1 mais reforçada eram as que tinham sucesso na fertilização do óvulo. GPX1 tem uma ação fundamental nos estágios finais de desenvolvimento folicular, propiciando um ambiente saudável para o óvulo que se gera. “A infertilidade é um problema significativo na sociedade. (…) Serão necessárias mais pesquisas para que se compreenda como os níveis de selénio pode ser otimizados, aumentando as hipóteses de conceção”, explicou Melanie Ceko.”

in, www.msn.com (22-11-2014)

As crianças podem ser vegetarianas?

Quarta-feira, Novembro 19th, 2014

A dieta vegetariana é uma escolha cada vez mais popular. Mas, embora seja consensualmente aceite como uma opção válida na idade adulta, a sua adequação às crianças é discutível e controversa.

O termo “vegetariano” apareceu pela primeira vez em meados do século XIX, e hoje usamo-lo para descrever toda uma gama de escolhas alimentares que consistem na exclusão parcial ou total de alimentos de origem animal. O sentido mais lato do termo inclui vários subgrupos de dietas, algumas mais restritivas e radicais do que outras, e, também por isso, algumas mais adequadas às crianças do que outras. Conheçamos as mais comuns.

A dieta “semi-vegetariana” é a mais básica, e inclui as pessoas que são “pesco-vegetarianas” (não comem carne, mas comem peixe) e as que são “pollo-vegetarianas” (consomem carne de aves). No fundo, não deixa de ser uma dieta omnívora, mas bastante mais prudente, com uma ingestão limitada de carne e elevada em vegetais e cereais.

A mais comum é a dieta “ovolactovegetariana”. Não se consome nenhum tipo de carne, peixe ou seus derivados, mas comem-se ovos e leite, bem como os derivados destes últimos. Aqui existem ainda dois subtipos: a dieta ovovegetariana (consumo de ovos) e lactovegetariana (consumo de produtos lácteos).

O perfil alimentar mais radical é o do “veganismo” ou dieta “vegan”, uma vez que exclui totalmente o consumo de produtos de origem animal. Mais do que uma opção alimentar, é todo um estilo de vida, apoiado em fundamentos filosóficos. Os vegan rejeitam qualquer tipo de alimento de origem animal, e também qualquer produto que, em maior ou menor grau, exija o sacrifício de um animal (mel, couro, lã, seda…).

Também se inclui no vegetarianismo a dieta macrobiótica. Esta pode incluir a ingestão de peixe e/ou aves, e define-se pela crença de que os alimentos se dividem em dois grupos, de acordo com a sua energia yin e yang. De forma a obter equilíbrio energético, mantendo a saúde do corpo e do espírito, exige-se um doseamento correto dos dois conjuntos de alimentos.

Feitas as apresentações dos tipos de vegetarianismo mais comuns, a dúvida mantém-se: é seguro para as crianças? Mas, como em quase tudo na vida, a resposta perfeita não existe e as opiniões dividem-se. Aos pais pede-se bom senso e, acima de tudo, decisões informadas. eea59b46004653d738cbba52f48274e8

Sim, mas…

A Sociedade Europeia de Gastrenterologia, Hepatologia e Nutrição Pediátrica (ESPGHAN) considera que as particularidades e vulnerabilidade que caraterizam o crescimento e maturação durante os primeiros meses/anos de vida não se adequam às restrições de uma dieta vegan. Da mesma forma, recomenda que as crianças que efetuem uma dieta vegetariana recebam uma quantidade diária de cerca de 500 ml de leite (materno ou fórmula infantil) ou lacticínios, e pelo menos uma oferta semanal de produtos animais (peixe).

A Associação Americana de Pediatria (AAP), por seu lado, menciona que o vegetarianismo pode conduzir a um estilo de vida mais saudável (as crianças e adolescentes vegetarianos tendem a ingerir menos colesterol e menos gorduras saturadas, e a comer mais frutas, vegetais e fibras), mas aponta a importância de compensar o que se omite.

Por cá, a Comissão de Nutrição da Sociedade Portuguesa de Pediatria refere, na Ata Pediátrica Portuguesa Vol. 43 Nº 5, setembro/outubro de 2012, sobre o tema “Alimentação e Nutrição do lactente”, que “parece sensato nortear a ação tendo por base as recomendações dos principais comités de nutrição, particularmente da AAP e da ESPGHAN”, deixando no entanto o alerta de que “é importante uma intervenção baseada na evidência, mas também baseada no bom senso e na inteligência”.

Nuno Metello, presidente da direção da Associação Vegetariana Portuguesa, diz-nos que “as crianças podem perfeitamente ser vegetarianas, sem qualquer compromisso para a sua boa saúde”, mas reforça a necessidade de informação: “Tem que ser uma alimentação bem planeada – da mesma forma que numa dieta omnívora –, e há uma série de cuidados que se devem ter, nomeadamente na suplementação de vitamina B12, pelo que é muito importante que os pais se informem e que não dispensem o acompanhamento médico”.

No fundo, o que há que ter em conta é que uma alimentação mal planeada dá origem a desequilíbrios nutricionais, seja ela vegetariana ou omnívora. Claro que, quanto maiores as restrições alimentares, maiores as probabilidades de a criança não estar a obter todos os nutrientes de que precisa para crescer saudável. Por isso, se para os pais é importante que os seus filhos sejam vegetarianos, isso é possível, mas exige um conhecimento aprofundado das necessidades alimentares das crianças (que estão longe de ser as mesmas que nos adultos) e um acompanhamento de um especialista em nutrição vocacionado para esta “área”, que aconselhe as “substituições” a fazer e os suplementos a tomar. Nos casos mais comuns (pesco-vegetarianos ou ovolactovegetarianos), não há grandes dramas, mas quando entramos no veganismo os cuidados a ter aumentam exponencialmente.

A nutricionista Maria Paes de Vasconcelos é de opinião que “desde que a dieta inclua ovo e leite, já está a correr bem”. “Os ovos e o leite”, continua, “são a forma perfeita de retirar proteína de um animal sem o matar. E é sempre possível optar por leite de vacas de pasto, ou ovos de galinhas criadas livremente, se as questões éticas subsistirem”. Além deste assunto relativo às proteínas (ver caixa), a nutricionista alerta ainda para o tema das gorduras: “Até aos três anos, as crianças precisam de cerca de 40 por cento da sua energia em forma de gordura. Isto porque o sistema nervoso central ‘é feito de gordura’, e porque as necessidades das crianças no campo energético são muito diferentes das nossas (no primeiro ano de vida a criança triplica de peso!). O problema é que as dietas vegetarianas têm pouca gordura, pelo que é imperativo que, até aos três anos, se acrescente gordura aos alimentos que a criança ingere, ‘abusando’ do azeite em cru”.

Colmatar falhas

O ferro é o nutriente mais comum que os vegetarianos têm em défice, especialmente os vegans. Isto porque as plantas ricas em ferro contêm um tipo diferente de ferro, mais difícil de ser absorvido pelo corpo do que o encontrado nos produtos de origem animal.

A vitamina B12 (cobalamina), que se encontra naturalmente apenas em produtos de origem animal e que é vital para um crescimento saudável, nomeadamente do cérebro, é outro aspeto a vigiar com cautela nos vegan, que também correm o risco de ingestão insuficiente de vitamina D, cálcio, zinco e riboflavina.

Procurar buscar as proteínas e o ferro à soja, ou a riboflavina aos espargos e aos brócolos, por exemplo, é importante, mas pode não ser suficiente. Daí a importância de acompanhamento médico, que recomende a suplementação do que está em falta, sempre que necessário.

No fundo, a verdadeira questão não é se a dieta de uma criança é vegetariana ou não, mas sim se é ou não saudável. Como o vegetarianismo não nos é “natural” enquanto espécie, a informação ganha importância redobrada, e os conselhos dos amigos ou o que lemos na internet estão longe de ser suficientes, pelo que o acompanhamento médico é essencial (tal como o é também nas crianças omnívoras, não é verdade?). Aos pais, pede-se que saibam ouvir e nunca descurem o bom senso. Coisas simples para conseguir aquilo que todos almejam: filhos saudáveis.

thCAD134DQO primeiro ano de vida

Comissão de Nutrição da Sociedade Portuguesa de Pediatria divide as recomendações nutricionais para lactentes filhos de mães vegetarianas ou que pretendam que os seus filhos pratiquem uma dieta vegetariana, em dois períodos do primeiro ano de vida:

– Entre os zero e os seis meses deverá ser efetuado aleitamento materno exclusivo, de acordo com as recomendações genéricas. A dieta das lactantes vegan deve ser rica em cobalamina (vitamina B12), e em caso de dúvida deve ser efetuada suplementação da amamentante ou do recém-nascido, caso este efetue aleitamento materno exclusivo. Em relação ao cálcio, dado que o seu nível no leite materno é independente da alimentação da mãe, só as mulheres vegetarianas com ingestão de cálcio comprometida deverão receber um suplemento deste mineral, para cobrir as suas necessidades. O leite materno (tanto de mães vegetarianas como omnívoras) contém uma quantidade de zinco suficiente para o lactente até, aproximadamente, ao sétimo mês de vida, altura a partir da qual são necessárias ouras fontes alimentares deste micronutriente. No que respeita ao ferro, é importante garantir à lactante um adequado suprimento de fontes alimentares ricas neste mineral, devendo tomar um suplemento caso necessário. Não há necessidade de alteração das recomendações relativas à suplementação da vitamina D, mas a dieta da mãe deverá garantir um aporte adequado de alimentos ricos em DHA (ovos, microalgas) e ácido alfa-linolénico, evitando excessos de ácido linoleico e ácidos gordos trans.

Na ausência de leite materno, deverá ser privilegiado o uso de fórmula standard, ou, em alternativa, uma fórmula com proteína de soja.

– A partir dos seis meses, em alternativa ao leite materno ou fórmula láctea standard, pode continuar a oferecer-se uma fórmula infantil com proteína de soja (trata-se de uma fórmula específica, de venda exclusiva em farmácia, enriquecida em ferro, vitamina D e zinco; as bebidas de soja que se compram no supermercado não devem ser introduzidas antes dos 24 meses).

Nas crianças vegetarianas, a diversificação alimentar, com exceção da introdução dos alimentos de origem animal (carne, peixe e/ou ovos) que não são incluídos neste padrão alimentar, apoia-se nas mesmas diretrizes das crianças omnívoras. No entanto, o seu dia alimentar deve ser cuidadosamente avaliado, de forma a assegurar a oferta de alimentos energicamente densos e ricos em gordura e em proteínas de origem vegetal (iogurte de soja, queijo de soja, tofu, leguminosas secas, cereais integrais, gema de ovo cozida no caso dos ovolacto ou ovovegetarianos, abacate, etc.) e ainda em cálcio, ferro, zinco e vitamina B12.

Em algumas crianças, pode justificar-se a suplementação de alguns minerais e/ou vitaminas, em particular o zinco após a introdução dos sólidos, a manutenção da suplementação em vitamina D e a suplementação em ferro.

A “dança” das proteínas

A nutricionista Maria Paes de Vasconcelos refere que todos nós – crianças incluídas – temos necessidades proteicas muito baixas, e ingerimo-las em excesso. Ainda assim, elas são essenciais.

De uma forma simplificada, a estrutura-base da proteína são os aminoácidos (pequenas moléculas que se organizam em cadeias diferentes, consoante o tipo de proteína). Portanto, o corpo não absorve a proteína, mas sim os aminoácidos.

“Há 20 aminoácidos na natureza, e, desses, sete são essenciais à vida”, refere a nutricionista. A proteína perfeita, “aquela que contém todos os aminoácidos que precisamos, é a do ovo e do leite”, explica. A carne e o peixe também têm esse equilíbrio de aminoácidos quase perfeito. Já quando chegamos às plantas, mesmo a proteína mais completa – a da soja –, bem como o feijão, têm um ou outro aminoácido limitante, isto é, não são proteínas verdadeiramente “completas”. Daí que seja tão importante, nas dietas sem proteína animal, que se combinem as leguminosas com cereais. Arroz com feijão, grão com massa, lentilhas com cuscuz… O aminoácido que falta na leguminosa está no cereal, completando assim o “ciclo”. E não tenham medo de que as crianças engordem com estas misturas. Como esclarece a nutricionista: “misturar hidratos de carbono não engorda, o que engorda é duplicar a dose!”.

in: msn – saude e bem-estar

NOZES DO BRASIL BAIXAM LDL E AUMENTAM HDL

Terça-feira, Novembro 11th, 2014

Nozes do Brasil baixam colesterol LDL e aumentam HDL em poucas horas
03 NOVEMBRO 2014

“Uma investigação publicada no Journal of Nutrition and Metabolism mostrou os efeitos incríveis das nozes do Brasil no metabolismo lipídico.
Pelos resultados percebe-se que uma única ingestão de nozes do brasil foi capaz de baixar o colesterol mais rápido do que medicamentos.nuez-de-brasil-0

Em 10 voluntários foram testados os efeitos da ingestão de diferentes quantidades de nozes do brasil: 0, 5, 20 e 50 gramas. Para cada tratamento, fora feitas análises sanguíneas antes da ingestão das nozes e 1, 3, 6, 9, 24 e 48 horas depois, assim como 5 e 30 dias depois.
Em cada análise foram medidos: colesterol LDL e HDL, triglicerídeos, selénio, aspartato, alanina, aminotransferases, albumina, proteínas totais, fofatase alcalina, gama GT, ureia, creatinia e proteína C reativa.

Os níveis de selénio subiram 6 horas depois da ingestão, já que as nozes do Brasil são boa fonte. Os níveis de LDL baixaram e os HDL subiram 9 horas depois da ingestão de 20 ou 50 gramas. Parâmetros renais ou hepáticos não foram alterados. Um mês depois, os níveis de colesterol continuam mais baixos.

Este estudo mostra que o consumo de nozes do Brasil é bastante poderoso e nem precisa de ser diário. Por isso, se quer aumentar os seus níveis de selénio, diminuir o seu colesterol LDL e subir o HDL, coma nozes do brasil 1 vez por semana (é a nossa sugestão). Todos os dias use outras alternativas como nozes, amêndoas, avelãs, cajús e sementes.”

in, http://www.cristinasales.pt

Veja, como informação complementar, o video seguinte:

A actividade física faz bem ao cérebro

Quinta-feira, Outubro 25th, 2012

Um alerta para TODOS. Mexa-se pela sua SAÚDE…

A RELAÇÃO ENTRE A SUA BOCA E A SAÚDE DO SEU CORPO

Segunda-feira, Dezembro 12th, 2011

BINGO!

Segunda-feira, Outubro 24th, 2011

OS NÚMEROS CERTOS PARA UMA VIDA MAIS EQUILIBRADA E SAUDÁVEL.
APOSTE E GANHE (MAIS ANOS E BEM-ESTAR)

7 HORAS DE SONO é o tempo mínimo necessário para uma mulher. Segundo estudos efectudaos, quem segue minimamente esta regra vive, em média, mais três anos.

100 POR CENTO mais de oxigénio é fornecido às células quando estamos em pé e em movimento o que, obviamente aumenta o nosso desempenho e produtividade.

4000 É O NÚMERO DE QUÍMICOS que compõem um cigarro. Pelo menos 50 deles são comprovadamente cancerígenos.

30 MINUTOS, três vezes por semana. Esta é a frequência ideal para praticar jogging, se desejarmos baixar para três vezes menos o risco de contrair osteoporose. A bicicleta tem o mesmo efeito.

200 POR CENTO mais de pressão sobre a coluna vertebral é o resultado de nos sentarmos inclinados para a frente. É exercida uma acção prejudicial, contínua, sobre as costas.

5 SÃO OS ALIMENTOS que devemos comer com alguma frequência: cerejas (1) e mirtilos (2) – ambos contêm anti-oxidantes, kiwis (3) – muito ricos em vitamina C, salmão (4) e linhaça (5) – fornecem ambos grandes quantidades de gorduras ómega 3.

1 COPO de água queima 20 calorias – quando o bebemos, naturalmente! O corpo absorve a água para metabolizar a energia. Dez copos de água diários correspondem a 200 calorias por dia e num ano pode chegar às 72800.

20 MINUTOS é a duração que deverá ter uma sesta. Se dormir mais tempo, corre o risco de se sentir ainda mais cansada depois. Quem dorme uma sesta diariamente tem uma maior produtividade.

50 ANOS é a idade em que deverá fazer uma colonoscopia, caso ainda não o tenha feito, claro. Lembre-se que um diagnóstico precoce do cancro do cólon (que faz bastantes v´timas em Portugal) dá-lhe 100 por cento de possibilidades de cura.

80 É O NÚMERO DE MÚSCULOS que activamos quando rimos. Trata-se de uma quantidade surpreendente, se tivermos em conta que, no total, possuímos 665 músculos. Como se vê, rir não é apenas bom para a alma, mas também um excelente treino para o corpo.

0,5 É O VALOR IDEAL. Não está a perceber do que falamos? Um dado tão importante quanto o índice de massa muscular é a relação entre a medida da cintura e a altura, que se obtém dividindo a cintura pela altura e calculando até que ponto as gorduras acumuladas são prejudiciais para a saúde. O resultado perfeito é 0,5.

150 KM/H. É a velocidade que os vírus atingem quando espirramos. Por um lado, é saudável porque nos vemos livres deles mas, por outro, implica um enorme risco de contágio para as pessoas que nos rodeiam – os vírus chegam a percorrer cinco metros! Daí que seja fundamental usar sempre um lenço quando se espirra.

86 ANOS é a esperança de vida para as mulheres no Japão, país onde este número é mais elevado. Estudos efectuados provam que não se trata de uma questão de génetica mas sim de alimentação. Que podemos nós aprender com as japonesas? Ter como base alimentar o peixe, o tofu e as algas.

in, Elle, Setembro 2011, páginas 110-111